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1 December 2011 Um Caso De Uso Espontâneo De Ferramenta Por Um Macaco-Prego (Cebus Apella) Mantido Em Cativeiro
Miguel Angelo Monteiro Lessa, Olavo de Faria Galvão, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage
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Introdução

Os macacos-prego são macacos do Novo Mundo que compõem o gênero Cebus (Rylands et al., 2000). Eles são encontrados a partir de Honduras na América Central até O nordeste da Argentina na América do Sul (Fragaszy et al., 2004b). Seu repertório manipulativo é bastante diversificado. Logo nos primeiros meses de vida já manipulam e combinam objetos com superfícies e outros objetos (Fragaszy et al., 2004b). O desenvolvimento dessas ações ainda na infância é fator importante para O surgimento do uso de ferramentas no final da juventude e início da fase adulta (Resende et al., 2008). O comportamento de usar ferramentas ocorre quando um animal altera as propriedades físicas de um objeto, substância, superfície ou qualquer outro alvo por meio da manipulação de outro objeto externo (St. Amant e Horton, 2008; Bentley-Condit e Smith, 2010). Episódios de uso espontâneo de ferramentas por macacos do gênero Cebus são registrados em diferentes espécies, sistemas ecológicos e objetivos.

Em cativeiro (zoológicos e laboratórios) um macaco-prego adulto da espécie Cebus apella fatuellus utilizou um pedaço de madeira para se defender dos ataques de outros membros do grupo (Cooper e Harlow, 1961). Um macho da espécie Cebus apella foi visto utilizando pedaços de alimentos, como batata, tomate ou banana como iscas para atrair os peixes para a margem e capturá-los (Mendes et al., 2000). Manipulando as iscas na margem do rio ou arremessando dentro da água foram as maneiras que os macacos desenvolveram para atrair os peixes. Em um estudo descritivo do comportamento de Cebus apella mantidos em cativeiro foi observado dois tipos diferentes de uso de ferramentas (Serbena e Monteiro-Filho, 2002). No primeiro, O macaco-prego posicionava pedaços de laranja ou mamão em uma pedra grande e com uma pedra menor ele golpeava os alimentos. No segundo, a extremidade de um instrumento oco de madeira foi utilizada para cavar a terra em busca de formigas. Macacos da espécie Cebus paraguayanus foram observados usando galhos e folhas para buscar alimentos fora do alcance das mãos e pernas (Giudice e Pavé, 2007). E uma fêmea adulta supostamente da espécie Cebus nigritus foi observada fabricando e usando um graveto para sondar um buraco provavelmente em busca de água, e também utilizando pedras para quebrar frutos de casca dura e cubos de gelo contendo alimentos (Bortolini e Bicca-Marques, 2007).

As primeiras observaçães sistemáticas de uso espontâneo de ferramentas no gênero Cebus fora do ambiente de cativeiro foram feitas por Mannu e Ottoni (1996) e Rocha et al. (1998). Nestes estudos, macacos da espécie Cebus apella usaram espontaneamente pedras como martelos para quebrar cocos (Syagrus cf. romanzoffianum) apoiados em substratos pianos. Ottoni e Mannu (2001), em um estudo mais sistemático sobre este tipo de uso de ferramentas observaram que os macacos mais jovens (entre 2 e 5 anos de idade) eram os que mais quebravam cocos usando ferramentas em comparação aos adultos. Para os autores, esta diferença pode estar relacionada ao monopólio de alimentos mais desejáveis pelos dominantes e, também, pelo fato dos cocos estarem mais dispersos no ambiente O que restringe O controle de acesso pelos dominantes. No ambiente de vida livre diversas publicações também têm mostrado as habilidades do gênero Cebus no uso de ferramentas. Na floresta tropical da Costa Rica um grupo de Cebus capucinus utilizou pedaços de madeira para atacar e matar uma cobra venenosa (Bothrops asper) (Boinski, 1988). Na região de manguezal do Nordeste brasileiro, um macho adulto da espécie Cebus apella utilizou pedaços de conchas de ostras (Crassostrea rhizophorae) para bater insistentemente na concha de outra ostra até quebrá-la e se alimentar do molusco (Fernandes, 1991). Mas é nas regiões brasileiras do Cerrado e Caatinga onde há a maior concentraçáo de uso de ferramentas por populações de macacos-prego em vida livre (Ottoni e Izar, 2008). A utilização de pedras (“martelos”) para quebrar cocos (Attalea spp., Astrocaryum sp.) previamente posicionados em cima de uma superfície sólida (“bigorna”) constitui uma atividade comum entre os macacos da espécie Cebus libidinosus que habitam essas regiões (Langguth e Alonso, 1997; Fragaszy et al., 2004a; Moura e Lee, 2004). Além de martelos as pedras desempenham outras funções na vida diária desses macacos. Podem funcionar como “enxadas” para cavar a terra ou espalhar folhas secas do chão, como “machados” para cortar partes de galhos e “pilões” para amolecer a terra facilitando O ato de cavar (Mannu e Ottoni, 2009).

A utilização de pedras e pedaços de madeira são os materials mais comuns que os macacos-prego usam como ferramentas para alcançar alimentos que não podem ser alcançados diretamente. Registros de outros tipos de materials como ferramentas são escassos na literatura primatológica. O uso de água como ferramenta, por exemplo, somente tem sido descrito até O momenta em orangotangos (Pongo abelii e Pongo pygmaeus), chimpanzés (Pan troghdytes) e humanos (Homo sapiens). Mendes et al. (2007) investigaram o uso de água como ferramenta em cinco fêmeas de orangotangos (Pongo abelii) que viviam em um zoológico. Apresentaram às fêmeas um recipiente (26 × 5 cm) de acrílico transparente preenchido com um quarto de água. Dentro do recipiente colocaram um grão de amendoim de modo que mesmo boiando na água o alimento não podia ser alcançado diretamente pelos sujeitos da pesquisa. Para resolver o problema, então, todos os sujeitos se dirigiram ao bebedouro, armazenaram a água dentro da boca e cuspiram de volta dentro do tubo. Essa ação era repetida até aumentar o nível da água suficientemente para pegar o alimento com os dedos, por volta de três a cinco vezes.

Para comparar os desempenhos dos orangotangos no estudo de Mendes et al. (2007), Hanus et al. (2011) apresentaram a mesma tarefa para orangotangos (Pongo pygmaeus), chimpanzés (Pan troghdytes), gorilas (Gorilla gorilla) e crianças humanas (Homo sapiens). No caso das crianças ao invés do bebedouro foi usada uma jarra contendo água que deveria ser usada para conseguir pegar o amendoim. No geral apenas os gorilas não conseguiram resolver a tarefa, alguns chimpanzés e orangotangos conseguiram resolver e somente crianças a partir de seis anos de idade derramaram a água no tubo para pegar o prêmio. Neste artigo apresentamos um caso de uso espontâneo de ferramenta por um macaco-prego (Cebus apella) mantido em cativeiro no qual é fréqüente ïfornecimento de material para manipulação. O macaco-prego utilizou a água do bebedouro para conseguir um alimento que não podia ser alcançado diretamente. Trata-se do primeiro registro em macacos (i.e. que possuem rabo) da utilização deste tipo de material como ferramenta para conseguir um alimento de difícil acesso, sem que o animal tivesse algum tipo de treino para resolver tal problema.

Materiais e métodos

O sujeito focal foi um macaco-prego chamado Negão com aproximadamente quatro anos de idade no dia da observação. Negão chegou à Escola Experimental de Primatas ( http://www.ufpa.br/eep/) no ano de 2005 oriundo do Institute) Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Na época da filmagem o animal pesava cerca de 2 kg e media aproximadamente 40 cm de corpo e 40 cm de cauda (hoje já está maior inclusive prestes a se tornar o dominante do grupo). O Negão e todos outros macacos da Escola Experimental de Primatas (EEP) participam diariamente de sessães experimentais. Ao todo a EEP contava com 16 macacos-prego. Suas tarefas são realizadas em monitores LCD de 17″ sensível ao toque (Elo Entuitive) voltadas aos estudos de aprendizagem e desenvolvimento de pré-requisitos de comportamentos cognitivos (Galvão et al., 2002). O sujeito focal vivia em companhia de mais dois macacos machos adultos da mesma espécie em uma gaiola-viveiro de 2,50 × 2,50 × 2,50 m., construída de tubos e tela metálica galvanizada, e ficava sobre uma base de alvenaria. Mais três gaiolas-viveiro semelhantes estavam lateralmente posicionadas uma do lado da outra. A aproximadamente 1m de distâneia do topo das gaiolas havia uma cobertura de telha de barro que media 20,0 × 3,0 m. No interior de todas as gaiolas, inclusive a do sujeito focal, havia plataformas de madeira a 1 m e a 2 m do solo. Sobre a plataforma mais alta na parte coberta ficava uma caixa de madeira medindo 0,47 × 0,49 × 0,47 m, com várias entrada e saídas. Em todas as gaiolas havia bebedouros de bico de aço posicionados a 2 m do solo que eram acionados por pressão. Anexas a uma das laterals de cada gaiola se encontravam quatro gaiolas de contenção (0,60 × 0,50 × 0,50 m), com portas de correr que davam acesso ao interior da gaiola e um suporte (0,24 × 0,33 × 0,24 m) utilizado para colocar uma bandeja com alimento. Os macacos eram alimentados uma vez ao dia no período da tarde. A dieta era composta por ração para primatas (Megazoo P18), frutos variados (banana, maçã, melão, melancia, laranja, manga, abacate, milho verde), legumes e verduras (pepino, cenoura, beterraba, batata doce), ovos, e bolachas tipo cream-cracker. Para suplementar a dieta, os macacos recebem semanalmente um suplemento vitamínico (Revitam Júnior -BIOLAB).

A EEP conta com uma médica veterinária que avalia periodicamente a saúde dos animais, coleta fezes e sangue para exames laboratoriais, e efetua as medidas profiláticas recomendadas. No próprio ambulatorio veterinário da EEP ela atende prontamente aos casos de urgência como ferimentos, diagnostica e trata eventuais doenças. Sua participação também é essencial no planejamento da dieta normal para os macacos saudáveis e dieta especial para os em tratamento. A EEP também conta com um professional responsável pela manutenção do biotério, que envolve principalmente a higiene do ambiente e a alimentação dos animais. As condiçães de alojamento, manejo, alimentação, cuidados veterinários e os procedimentos experimentais que são adotados na EEP foram aprovados junto ao IBAMA (Inscrição no IBAMA 207419; Codigo Unidade/Convênio 381.201-4) e junto ao Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da Universidade Federal o Pará (CEPAE), mediante o documenta CEPAE-UFPA: PS001/2005. O ambiente do sujeito era enriquecido diariamente com objetos manipuláveis (p. ex., garrafas plásticas, papelão, correntes de aço e tubos de PVC). A garrafa pet utilizada nas filmagens foi uma garrafa de água minerai de 500 ml sem tampa, medindo aproximadamente 17 cm de altura, 6,5 cm de diâmetro do corpo e 3 cm de diâmetro do bocal.

Procedimento

Uma observação casual de utilização espontânea de ferramenta para alcançar alimento de difícil acesso foi filmada pelo primeiro autor. O sujeito experimental utilizou a água do bebedouro para obter farelo de bolacha do tipo água e sal grudado no fundo de uma garrafa pet. A partir dessa observação seguiu-se uma segunda observação na quai foram mantidas as mesmas condiçães em que a utilização da ferramenta ocorreu anteriormente. Na segunda observação, o primeiro autor prendeu os dois membros do grupo nas gaiolas de contenção, deixando apenas o sujeito experimental solto na gaiola-viveiro. Antes de entregar a garrafa pet ao macaco, o primeiro autor colocou alguns farelos de bolacha dentro da garrafa e pingou algumas gostas de água mineral dentro da garrafa para fixar o farelo no fundo. Tanto a garrafa quanto a bolacha foram semelhante à observação anterior. Com o material pronto, o primeiro autor entregou a garrafa ao macaco e logo em seguida realizou a filmagem da utilização de ferramenta.

Resultados

Na observaçâo casual, após um dos membros do grupo (o dominante) ter se desinteressado de uma garrafa de plástico anteriormente depositada na gaiola pelo tratador, o sujeito experimental (Negão) se aproximou dela, agarrou-a com as mãos e lambeu algumas vezes na parte de dentro do bocal. Em seguida, o sujeito experimental prendeu o bocal da garrafa entre as mandíbulas e transportou-a até o bebedouro. Um deslocamento de aproximadamente 3 metros de distância. Chegando ao lado do bebedouro, o sujeito sentouse na plataforma e com uma das mãos segurou a garrafa pelo bocal posicionando-o em direção ao bebedouro. Com a outra mão pressionou o dispositivo do bebedouro para a liberação da água. O sujeito pressionou o dispositivo do bebedouro por aproximadamente dois segundos, introduzindo apenas uma pequena quantidade de água dentro da garrafa. Em seguida, segurou a garrafa com as duas mãos, bateu levemente o fundo da garrafa na plataforma e lambeu o interior do bocal. Na sequência ergueu a garrafa com as mãos (a garrafa formava um ângulo de aproximadamente 30° com o poleiro), posicionando o gargalo em frente a sua boca e, então, bebeu o líquido que fora depositado dentro do objeto (Fig. 1). Como ainda restavam alguns farelos no fundo da garrafa, o sujeito repetiu a ação. Mas, desta vez além de bater levemente o fundo da garrafa na plataforma, ele balançou a garrafa presa nas mandíbulas pelo bocal antes de beber o líquido. A duração deste episódio, isto é, a partir do momenta em que o sujeito se aproxima da garrafa até o momenta em que ele bebe o líquido pela segunda vez, foi de 2 minutas e 17 segundos.

Figura 1.

Observação casual do macaco-prego (Cebus apella) macho sub-adulto utilizando a água do bebedouro como ferramenta. Filmagem do primeiro autor, em 02 de agosto de 2007.

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Na segunda observação, após receber do primeiro autor a garrafa com farelo de bolacha grudado no fundo, o sujeito prontamente se deslocou em direção ao bebedouro. Ele exibiu um repertório comportamental semelhante ao que fora realizado na primeira observação: (a) sentou-se ao lado do bebedouro, (b) posicionou o gargalo da garrafa em frente ao bebedouro, (c) colocou apenas uma pequena quantidade de água dentro da garrafa e (d) bebeu o líquido (Fig. 2). Porém, desta vez ele não bateu com a garrafa na plataforma nem a balançou como fez na observação anterior. A duração deste episódio, isto é, do momenta em que ele recebe a garrafa do primeiro autor até o momenta em que bebe o líquido, foi de 16 segundos.

Figura 2.

Replicação da primeira observação do macaco-prego utilizando a água do bebedouro como ferramenta. Filmagem do primeiro autor, em 17 de Agosto de 2008. As filmagens das duas observações podem ser vistas através dos sites:  http://www.youtube.com/watch?v=EP1BaKRHZTw  http://www.youtube.com/watch?v=dFJ0rGtqyPU

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Discussão

Observações do uso espontâneo de ferramentas por diferentes espécies de macacos-prego mostram o quanto este comportamento é característico do gênero Cebus. Fatores comportamentais e ambientais contribuem para o surgimento do comportamento de usar ferramentas. A habilidade que os macacos-prego possuem de manipular e combinar objetos juntamente com algum nível de terrestrialidade representam os fatores comportamentais (Fragaszy et al., 2004b). Entre os fatores ambientais destacam-se o grau de provisionamento, o baixo risco de predação (Ottoni e Izar, 2008), e a presença de objetos adequados que possam assumir a função de ferramenta (Rocha et al., 1998).

No entanto, a maioria dos relatos de uso de ferramentas no gênero Cebus incluem pedras e pedaços de madeira como os materials mais comuns. A utilização de outros tipos de materials como ferramenta é escasso entre os macacos deste gênero e também entre os grandes primatas. Embora haja relatos de que orangotangos (Pongo abelii e Pongo pygmaeus), chimpanzés (Pan troglodytes) e crianças humanas (Homo sapiens) utilizem a água como ferramenta para alcançar determinado objetivo (Mendes et al., 2007; Hanus et al., 2011).

O presente estudo é o primeiro entre os macacos (i.e., primatas com rabo) a registrar o uso espontâneo de água do bebedouro como ferramenta para conseguir um alimento de difícil acesso. Com o alimento preso no fundo da garrafa plástica, o sujeito experimental não tinha ao seu redor nenhum outro tipo de ferramenta disponível a não ser utilizar a água para destacar o alimento do fundo. De acordo com a classificação dos níveis de uso de ferramentas proposta por Fragaszy et al. (2004b), o sujeito experimental exibiu uma relação com o objeto no nível de Primeira-Ordem/ Estático, pois combinou um objeto (garrafa plástica) com outro objeto fixo (bebedouro) para conseguir o alimento. Na primeira observação, o macaco-prego levou pouco mais de dois segundos para resolver a tarefa, mas na segunda observação esse tempo caiu para apenas 16 segundos. Essa diferença na latência entre tentativas também foi observada nos estudos de Mendes et al. (2007) e Hanus et al. (2011) com grandes primatas.

O episódio de uso espontâneo de ferramenta tratado aqui é uma demonstraçâo da variedade de atividades manuals e da flexibilidade cognitiva que são características marcantes entre os macacos do gênero Cebus (Fragaszy et al., 2004b). Westergaard e Fragaszy (1985) observaram algo semelhante ao que é registrado aqui. Após fornecer diversos tipos de objetos manipuláveis aos macacos-prego (Cebus apella) cativos, os autores fizeram o primeiro registro do uso de uma colher de plástico para coletar água e levar à boca em macacos do Novo Mundo. Portanto, tanto o trabalho de Westergaard e Fragaszy (1985) como a observação tratada aqui demonstram a importância da presença de objetos manipuláveis dentro dos recintos dos macacos-prego.Fortalece, também, a ideia de que a manutenção de animais em um ambiente que crie oportunidades para a emissão de comportamentos típicos para aquela espécie éum fator essencial quando se leva em conta a melhoria da qualidade de vida desses animais (Celli et al., 2003; Bortolini e Bicca-Marques, 2007).

O registro de uso de ferramentas feito aqui juntamente com o registro feito por Westergaard e Fragaszy (1985) chamam a atenção não somente para o uso de objetos manipuláveis como parte de um programa de enriquecimento ambiental. Além de proporcionar um padrão comportamental típico do gênero, os objetos manipuláveis criam oportunidades para que comportamentos criativos e inéditos sejam descobertos no cativeiro.

Agradecimentos

Agradecemos ao CNPQ pela boisa de mestrado cedida ao primeiro autor, ao Olavo de Faria Galvão e Romariz da Silva Barros pela dedicação ao cuidado dos macacos-prego mantidos na Escola Experimental de Primatas e ao Edilson Pastana (tratador dos animais).

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Published: 1 December 2011
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