Thiago F. Oliveira, Daniel F. Ramalho, Emanuel C. Mora, Ludmilla M. S. Aguiar
Journal of Mammalogy 99 (4), 965-973, (1 June 2018) https://doi.org/10.1093/jmammal/gyy070
KEYWORDS: bat echolocation, Brazil, Cerrado, Molossidae, vocal plasticity, vocal repertoire
Molossops temminckii is the only species of the Molossidae capable of exploring background-cluttered space. We tested the hypothesis that M. temminckii uses the clutter rejection strategy in cluttered environments and determined whether the echolocation calls of this species show large-scale geographic variation. We recorded echolocation calls of 10 individuals of M. temminckii using 4 treatments with different degrees of clutter. We compared individuals recorded in Venezuela with individuals recorded in Brazil to verify geographic variation in calls. In the cluttered environments, M. temminckii emitted short downward frequency-modulated calls with short pulse intervals. In the uncluttered environments, M. temminckii emitted long upward frequency-modulated calls with longer intervals and shorter bandwidth. The decreased pulse duration and interval in cluttered environments support the hypothesis that M. temminckii uses the clutter rejection strategy. Additionally, we found that in Brazil, M. temminckii emits shorter calls with higher minimum frequency compared with bats recorded in Venezuela, indicating large-scale geographic variation, probably because of environmental factors.
Molossops temminckii é a única espécie de Molossidae com capacidade de explorar áreas com obstáculos de fundo. Nesse trabalho testamos a hipótese do uso da estratégia de rejeição de obstáculo em ambientes fechados, e determinamos se há variação geográfica de larga escala nos chamados de ecolocalização de M. temminckii. Gravamos 10 indivíduos, em 4 tratamentos, com diferentes graus de obstáculos. Comparamos os chamados de ecolocalização gravados na Venezuela e Brasil para verificar a variação geográfica. Em ambientes com obstáculos, M. temminckii emite chamados curtos, de frequência modulada descendente, com intervalos curtos entre os chamados. Nos ambientes abertos, emite chamados longos, de frequência modulada ascendente, com intervalos mais longos e menor largura de banda. A menor duração e o menor intervalo em ambientes fechados suportam a hipótese que M. temminckii utiliza a estratégia de rejeição de obstáculo. No Brasil, M. temminckii emite chamados mais curtos, com frequência mínima mais alta, em comparação com os morcegos gravados na Venezuela. Esse fato indica variação geográfica de larga escala e fatores ambientais provavelmente contribuem para essa variação.